Mulher que matou marido e colocou corpo em freezer será julgada em agosto

A mulher que matou o marido e escondeu o corpo dele dentro do freezer da casa onde moravam será julgada em 28 de agosto, segundo divulgado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quinta-feira, dia 3.
O júri popular, marcado para iniciar às 9h, acontece na Câmara de Vereadores de Capinzal, no Oeste catarinense. O sorteio dos jurados que comporão o Conselho de Sentença será realizado no dia 7 de agosto, conforme os trâmites legais do Tribunal do Júri.
Claudia Fernanda Tavares, retornou ao Presídio Feminino de Chapecó no dia 31 de junho deste ano, após ficar quase 2 anos em liberdade. Conforme o advogado dela, Matheus Molin, ela se entregou espontaneamente após receber o mandado. “Que a justiça seja feita”, declarou.
Claudia estava respondendo pelo crime em liberdade desde agosto de 2023, no entanto, o Ministério Público interpôs um recurso contra a decisão que determinou a revogação da prisão preventiva dela. O recurso foi julgado na sexta-feira, dia 30, e determinou que ela ficasse presa preventivamente mais uma vez.
Homicídio e ocultação de cadáver
Conforme o TJSC, Claudia deve responder pelos crimes de homicídio duplamente qualificado – por asfixia e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima –, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Os fatos ocorreram em novembro de 2022, no interior de Lacerdópolis, também no Oeste catarinense.
O que diz a defesa
Conforme o advogado de Claudia, a expectativa é “conseguir demonstrar aos jurados que Claudia sofreu todos os tipos de violência doméstica durante os 20 anos de relacionamento com a vítima, além de ser privada do convívio com a filha comum do casal”, explica Matheus.
Relembre o caso
Na época do crime, Claudia teria dopado, amarrado os membros e asfixiado o companheiro na época, Valdemir Hoeckler, de 52 anos, com uma sacola plástica. Após o crime, ocultou o corpo em um freezer e, no dia seguinte, registrou boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da vítima.
A sessão respeitará os protocolos de segurança e a capacidade do local. Mais detalhes sobre os trabalhos, quem poderá acessar o espaço e demais orientações serão repassados pela unidade em data próxima ao julgamento. O processo tramita em segredo de justiça.