Inca estima que SC pode registrar quase 1,4 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima 1.390 novos casos de câncer de cabeça e pescoço no estado de Santa Catarina em 2025. A doença, foco da campanha Julho Verde, engloba os tumores que acometem a cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal e glândula tireoide. O número salta para 2.430 em SC se considerado o melanoma de pele na mesma região. Em Florianópolis, são 330 novos casos estimados, excluindo o melanoma.

Santa Catarina apoia mais uma vez o mês de conscientização, que busca esclarecer os riscos, sinais e prevenção do câncer. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça que a adoção de hábitos saudáveis e a atenção aos fatores de risco são fundamentais para evitar a doença.

O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), unidade do governo catarinense, realizará, ao longo do mês, uma série de ações educativas e palestras para profissionais da atenção básica à saúde. Além disso, no dia 25 de julho, ocorrerá um encontro com especialistas para orientar a população e esclarecer dúvidas sobre a doença.

Entre janeiro e junho de 2025, o CEPON já atendeu 743 pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Foram realizadas 184 cirurgias e mais de 1,2 mil atendimentos médicos relacionados à doença.

O câncer de cabeça e pescoço inclui, por exemplo, os cânceres da boca (incluindo os lábios), da região nasossinusal, e da base do crânio e pescoço (incluindo glândulas salivares).

Prevenção

Hábitos saudáveis influenciam nas chances de prevenção e diagnóstico precoce do câncer.

Atenção aos sinais

O câncer de cabeça e pescoço é um tipo de câncer silencioso, já que não costuma apresentar sintomas no início. Segundo o coordenador do serviço de cabeça e pescoço do Cepon, médico Gilberto Vaz Teixeira, é necessário ficar atento ao menor sinal.

“O câncer não costuma doer no início. Aftas, por exemplo, são doloridas — já o câncer geralmente é silencioso no começo. É esse silêncio que o Julho Verde quer romper”, explica Teixeira.

O médico reforça os principais sinais e sintomas que incluem feridas no rosto ou na boca que não cicatrizam, manchas vermelhas ou esbranquiçadas nos lábios e na cavidade oral, dificuldade ou dor ao mastigar e engolir, caroços no pescoço, boca ou mandíbula, além de irritação ou dor persistente na garganta, tosse, dores de cabeça, dor de ouvido e falta de ar.

Também são comuns aftas recorrentes, mau hálito, sangramentos nasais, dentes moles ou doloridos e mudanças na voz, como rouquidão. Ao notar esses sintomas, é essencial procurar ajuda médica.

 

*Governo de SC