MEC autoriza construção do Hospital Universitário da UFFS em Chapecó

O Ministério da Educação (MEC) autorizou oficialmente, nesta terça-feira, dia 9, a construção do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em Chapecó. O anúncio ocorreu durante uma solenidade no campus, que reuniu cerca de 750 pessoas.

A autorização ocorre após articulações envolvendo lideranças regionais e o governo federal. Para a fase inicial, destinada à elaboração do projeto arquitetônico e executivo, foram garantidos R$ 7 milhões por meio do Fórum Parlamentar Catarinense — R$ 5 milhões de autoria do deputado federal Pedro Uczai. Com o projeto concluído e aprovado, a obra, estimada em R$ 260 milhões, poderá ser iniciada.

Pedro Uczai, que coordena a mobilização pela implantação do HU, destacou a importância do momento. “É a certidão de nascimento do novo Hospital Universitário”, afirmou. Segundo ele, a conquista é fruto de um esforço coletivo: “A mobilização das nossas lideranças e das 48 mil assinaturas dos cidadãos do Oeste mostra o quanto essa obra é necessária.”

Durante o evento, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre a UFFS e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que ficará responsável por definir as especialidades prioritárias do futuro hospital, de acordo com as demandas regionais.

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que a intenção é iniciar as obras em 2026. Segundo ele, o HU será “100% SUS” e terá papel fundamental tanto na formação acadêmica quanto no atendimento à população.

A implantação do hospital atende a uma demanda antiga do Oeste catarinense. A região de Chapecó possui hoje 1,2 leitos por mil habitantes — índice considerado insuficiente para suprir as necessidades locais. Com a nova estrutura, a expectativa é ampliar a oferta de serviços, reduzir deslocamentos para outras cidades e fortalecer a rede regional de saúde.

O futuro HU deve contar com 150 leitos distribuídos entre clínica médica, cirúrgica, obstétrica, pediátrica e unidades de terapia intensiva, além de setores ambulatoriais, diagnósticos e de pesquisa. A estrutura também será utilizada para formação em graduação, pós-graduação e residências em saúde da UFFS.

Um abaixo-assinado com mais de 48 mil assinaturas reforçou a necessidade da obra, considerada uma das principais reivindicações da população do Oeste.

 

 

*OesteMais