Polícia prende mulher suspeita de ordenar morte de vereadora de Formigueiro

Uma mulher de 26 anos foi presa preventivamente pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (10), em Gravataí, na Região Metropolitana, por suspeita de ordenar a morte da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT).

A parlamentar foi encontrada morta com múltiplos golpes de faca em 17 de junho, em Formigueiro, na região central do Estado. Conforme a investigação, ela atuaria como “tesoureira” em uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas. Uma dívida seria o motivo do crime.

A presa e um jovem de 18 anos foram indiciados na quarta-feira (9) por homicídio triplamente qualificado. Ele confessou ter matado Elisane e está preso desde 20 de junho.

Na terça (8), mandados de busca e apreensão foram realizados em quatro cidades gaúchas: Porto AlegreFormigueiroRestinga Sêca Santa Maria.

A residência da mulher presa, em Restinga Sêca, foi um dos alvos da ação. Apontada como mandante do crime e integrante da facção, ela teria fugido para Gravataí após a diligência para se esconder da polícia. Ela foi encontrada nesta quinta em uma casa no bairro Parque dos Eucaliptos, onde foi detida.  A prisão teve apoio da 2ª Delegacia de Polícia do município.

— Essas prisões restabelecem a sensação de segurança, mostram que a Polícia Civil dá uma resposta firme e rápida para o caso, que foi um crime grave e brutal, que tirou a tranquilidade e chocou a pequena cidade de Formigueiro. A vereadora foi morta na noite do dia 16 de junho e em menos de 30 dias nós concluímos as duas prisões — ressalta o delegado regional da Polícia Civil Sandro Meinerz.

A suspeita tem antecedentes por ameaça, tráfico e associação para o tráfico de drogas. Ela foi encaminhada ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), onde ficará à disposição da Justiça. A identidade não foi divulgada.

Quem era Elisane

Elisane, de 49 anos, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), era técnica de enfermagem e a única mulher entre os nove vereadores da cidade.

A morte dela causou comoção entre movimentos sociais e lideranças políticas, que afirmam que ela era voz ativa na defesa dos direitos das comunidades Quilombolas e das mulheres.

 

*GZH